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Os Limites da Condução
Os Limites da Condução

O limite pode ser definido como a capacidade de desempenho entre o complexo homem-máquina-asfalto de andar na maior velocidade possível. Para conseguir atingi-lo, é necessário o conhecimento de seus próprios limites, como piloto, dos limites mecânicos de regulagem do carro, e dos limites de aderência da pista. Uma vez atingido o limite mecânico do carro, o piloto saberá que atingiu o limite de condução quando, ao fazer uma curva, sentir o asfalto "fugindo" e ter a impressão que não conseguirá fazê-la, mas, ao final, ainda permanecer na pista. Atingir e guiar em cima desse limite é como andar sobre o fio de uma navalha: são poucos aqueles que se arriscam a fazê-lo.

Na realidade, o que diferencia um piloto experiente dos outros é a capacidade de administrar a sua condução nos limites: enquanto os campeões permanecem na pista, os novatos raramente escapam de uma rodada. Além disso, estes últimos, por impetuosidade ou para recuperar o tempo perdido num erro de traçado ou na ultrapassagem de algum retardatário, estão sempre tocando o carro acima do limite, com uma pré-disposição de forçar uma dividida nas curvas, de retardar demais a freada e de acelerar exageradamente, ultrapassando o limite de aderência e provocando acidentes. É nessas horas que os campeões se destacam: pilotar NO limite é muito mais difícil do que ACIMA dele.

 


 

Os erros mais comuns de condução que levam o carro a uma rodada são:

  • excesso de força no pedal de freio no momento da frenagem;
  • excesso de velocidade no meio da curva, ultrapassando seu limite;
  • excesso de aceleração na saída da curva;
  • passar demasiadamente sobre uma zebra: além de serem feitas de cimento (que é mais escorregadio que o asfalto) e de possuírem uma superfície irregular, as zebras são envernizadas, deixando-as mais escorregadias ainda;
  • passar com uma das rodas fora do asfalto: na grama, na brita ou em trechos de asfalto velho.


Em qualquer uma dessas situações, um piloto sensível e experiente poderá evitar a derrapagem se conseguir perceber o deslizamento a tempo de contra-esterçar rapidamente, fazendo com que o carro apenas dê uma "rabeada".

Somente na fase final da rodada, quando quase toda a energia cinética tiver se dissipado, é que o carro “voltará” às mãos do piloto, que poderá, somente à partir desse momento, tentar corrigir a sua trajetória. Mesmo se conseguir realizar todas as manobras de defesa, o piloto terá que contar com uma boa dose de sorte para tentar manter o carro na pista.

Muitos pilotos novatos, na busca desesperada por melhores posições, acabam se esquecendo de um princípio muito importante: só devemos assumir os riscos maiores durante os TREINOS e não durante a corrida, onde teremos SEMPRE uma condução um pouco abaixo dos limites pessoais e mecânicos.

São nas sessões de treino e na volta de qualificação que os pilotos, na busca dos limites do carro, sistematicamente ultrapassam o limite, fazendo com que seja sempre nesses períodos que ocorra o maior número de acidentes, e que, por isso, é onde acaba se exigindo uma concentração igual ou superior à normalmente exigida durante as corridas.